Blog da responsabilidade de Nelson Correia, Advogado, Vereador na Câmara Municipal de Penafiel, deputado na IX Legislatura e militante do Partido Socialista
Continua a saga da liderança, ou suposta liderança do PSD, repartida por duas cabeças. Esta saga tem-se revelado um tesouro de momentos menos bem conseguidos, completa ausência de ideias, facto já admitido por uma liderânça e pelo constante recorrer ao populismo. Isto tudo, claro, multiplicado por dois, pois o PSD tem uma dupla liderança. Portanto, a minha referência a mais um momento menos feliz deste partido, é transformada na realidade em duas referências, pois existem dois líderes. Vejamos então...
Um líder, o que foi eleito em eleições directas, o Luís Filipe Menezes, que após a multa aplicada pelo Tribunal Constitucional por finaciamentos ilegais, afirmou o o PSD "dele" nada tinha a ver com ilegalidades. Este líder, como a grande maioria dos líderes partidários no contexto nacional ou em contextos mais pequenos, sofre de um grande defeito, pensa que o partido é propriedade sua. Estes grandes líderes têm de se mentalizar que os partidos são propriedade dos militantes, que aderiram à estrutura por partilharem de conjunto em comum de ideologias e princípios e são os militantes que através de eleições, que eu creio que sejam minimamente legais e livres que escolhem os diferentes líderes para os mandatos que acharem necessários. No entanto, uma eleição ganha, não é uma escritura de compra de um partido.
Relativamente ao outro líder, o que ja foi Primeiro-ministro, no seu blogue escreveu um artigo sobre as últimas cheias na capital. Estava eu á espera de uma reflexão sobre as causas de tão grande impacto deste fenómeno natural nas populações e de algumas propostas para minimizar o sofrimento dos moradores em futuras cheias, mas não. Vejo um
artigo de auto-elogio ao Túnel do Marquês que não ficou inundado e afinal é um túnel seguro.
Num artigo posterior, vem como que uma queixa do tratamento dado pela SIC ao Primeiro-Ministro na sua última entrevista. Em vez que criticar as respostas e ideias apresentadas pelo José Sócrates, limitou-se a apontar um defeito à
democracia e a referir que ao contrário do Primeiro-Ministro, foi bastante mal tratado noutra entrevista, numa estação de televisão privada, propriedade de um antigo líder do seu partido. Hilariante, no mínimo.
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