Blog da responsabilidade de Nelson Correia, Advogado, Vereador na Câmara Municipal de Penafiel, deputado na IX Legislatura e militante do Partido Socialista
Referendo à IVG
Com a vitória do SIM no referendo à IVG, descobriu-se finalmente um Portugal a urbanizar-se e a começar a abandonar as tradições do salazarismo. Notou-se um país que começa a largar os traços de machismo saloio e retrógrado. Resolveu-se um problema prioritário neste País e finalmente as mulheres deixaram de ser tratadas como criminosas pelo Estado.
Mudanças na direita
Este ano foi pródigo nas mudanças que ocorreram nos Partidos de Direita. O CDS abandonou um líder de matriz democrata-cristã e preferiu um líder populista. O PSD abandonou um líder que começava a seduzir-se pelo populismo e escolheu um duo onde o populismo e a demagogia estão já inseridos no código genético. Resultado, temos uma direita que nem é direita nem é coisa nenhuma. São um conjunto de dois partidos que não se querem assumir a sua ideologia neo-liberal e limitam-se a fazer uma oposição de circunstância. O PSD, é então o partido cuja nova liderança já se faz sentir, em que num dia assumem-se como neo-liberais, e no outro dia já são os grandes defensores do Estado.
Eleições em Lisboa
As eleições de Lisboa, tiveram dois pormenores que devem ser referidos. O primeiro, é que as mesmas resultaram de escândalos e processos em tribunal. O segundo é que nunca vi uma quantidade tal de candidatos a uma cidade. Ao todo, se não me engano eram 10. Nestas condições era muito difícil surgir um executivo com maioria absoluta, facto pelo que o PS com António Costa lidera com o BE um executivo minoritário. Este facto tornou-se problemático na aprovação de um empréstimo para pagamento de dívidas de curto prazo, em que o PSD nacional revelou mais uma vez a sua faceta de bota-abaixo. No entanto, pareceu que o PSD que está a Assembleia Municipal de Lisboa, cumpriu a sua função para os eleitores de aprovou o dito empréstimo.
Retoma económica lenta
Nestes últimos tempos temos assistido a uma retoma económica, que se caracteriza por ser lenta e com crescimento muito reduzido. No entanto este crescimento é um crescimento sustentado que se está a basear no aumento das exportações e não no aumento do consumo interno. Este crescimento poderá ser potenciado com o crescente apoio às empresas inovadoras e exportadoras e com o aumento de confiança dos investidores. O consumo privado poderá também contribuir para um aumento do crescimento, mas com uma importância mais reduzida que nos anos 90, sobretudo enquanto as taxas de juro mantiverem a tendência de subida.
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